Um termo recente vem ganhando força no mundo tecnológico. Especialistas do mundo todo já estão discutindo sobre o assunto a fim de explanar sobre essa nova era na história da humanidade: o que é a Quarta Revolução Industrial e o que podemos esperar dela?
A humanidade é marcada pela evolução. A cada nova ideia, uma quebra de paradigma; a cada revolução, uma mudança. Já tivemos três revoluções industriais: a primeira, entre 1760 e 1830, alterou o sistema de técnica e de trabalho, passando da produção manual à mecanizada, onde as máquinas a vapor eram a tecnologia principal. A segunda, por volta de 1850, trouxe a eletricidade e permitiu a manufatura em massa. E a terceira, em meados do século 20, marcada pela robótica, tecnologia da informação e das telecomunicações. E agora, a humanidade se encaminha para a Quarta Revolução, que teve origem na Alemanha em 2010, intensificando o uso da Inteligência Artificial e propondo convergir a Física, Biologia e Nanotecnologia nos mais diversos segmentos.
“Estamos a bordo de uma revolução tecnológica que transformará fundamentalmente a forma como vivemos, trabalhamos e nos relacionamos. Em sua escala, alcance e complexidade, a transformação será diferente de qualquer coisa que o ser humano tenha experimentado antes”, diz Klaus Schwab, autor do livro “A Quarta Revolução Industrial”, publicado este ano.
Conhecida também como Indústria 4.0, nomeada por grupo de empresários, políticos e acadêmicos alemães, essa Indústria irá unir sistemas ciberfísicos (CPS) – que foram possíveis graças a Internet das Coisas e ao Cloud Computing – aos processos industriais. Isso significa que haverá a integração da robótica com a mão de obra humana. A Quarta Revolução mudará os nossos modos de consumir e produzir, porque aplicará o uso dos robôs em vários processos que hoje em dia são feitos por humanos, inclusive no ramo dos serviços, porque a sua natureza hiperconectada permite que funções como dirigir veículos, atender clientes em serviços de telemarketing, preencher formulários de imposto de renda, por exemplo, sejam feitos por máquinas inteligentes.
As vantagens desse futuro é o aumento do padrão de eficiência dos processos em diversas empresas, porque a robótica permite o desenvolvimento de sistemas que prezam pela eficácia e diminuição de erros. Já a desvantagem é a previsão da perda significativa de vários empregos: estima-se que 7 milhões de empregos serão perdidos, segundo relatório do Fórum Econômico Mundial. Estima-se que daqui a 10 ou 15 anos, tarefas que são repetitivas serão substituídas pela robotização e vagas como operadores de telemarketing, corretores, carteiros, jornalistas e desenvolvedores de software, desaparecerão.
É importante lembrar que a Quarta Revolução Industrial não é uma quebra brusca na linha histórica e sim um complemento à Terceira Revolução.
“A quarta revolução industrial não é definida por um conjunto de tecnologias emergentes em si mesmas, mas a transição em direção a novos sistemas que foram construídos sobre a infraestrutura da revolução digital (anterior)”, diz Schwab, diretor executivo do Fórum Econômico Mundial.
No Fórum Mundial de Davos, na Suíça – que ocorreu em janeiro de 2016 -, os especialistas e entusiastas dessa Revolução 4.0 falaram sobre o uso de nanotecnologias, neurotecnologias, robôs, inteligência artificial, biotecnologia, sistemas de armazenamento de energia, drones e impressoras 3D. O Fórum, liderado por Klaus Schwab, trouxe o à luz problemas como crises econômicas, os altos níveis de miséria no mundo, desigualdade social, conflitos internacionais e a rápida degradação dos recursos do planeta, e como a Quarta Revolução pode ser útil para a resolução desses problemas ao assegurar a todos a possibilidade de contribuir e partilhar da riqueza criada, e aprimorar os processos das empresas.
Apesar da discussão internacional, aqui no Brasil o desenvolvimento dos processos fabris caminham em passos lentos, segundo Vicente Mazinetti, gerente de pré-vendas da Siemens PLM Software:
“Pesquisas indicam que 50% das empresas brasileiras ainda não sabem exatamente o que é Indústria 4.0. E há o agravante da crise. Muitos empresários acham loucura investir em produtividade agora, sem ter para onde escoar os produtos”
É importante que o conceito da Quarta Revolução comece a adentrar mais as mentes dos empreendedores brasileiros, para podermos pensar no futuro do nosso país e articular maneiras de aplicar o uso da tecnologia para melhorar nossos processos e garantir a promoção da dignidade humana, com o atendimento das nossas necessidades básicas.
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